sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

NÃO ABRA MÃO SEM LUTAR

Um dia desses eu estava trabalhando no meu escritório que fica no segundo andar e nem percebi que caia uma chuva torrencial, como é típico do verão carioca. Continuei trabalhando até tarde. Resolvi então encerrar o meu expediente e ir para casa. Foi nessa hora que descobri que tinham tomado posse do meu escritório. Quando olhei pela porta de saída, que é de vidro, tinham dois cachorrinhos dormindo no capacho da entrada.  Quentinho, longe da chuva e bem protegidos, eles devem ter pensados: vamos defender esse achado... Tentei abrir a porta e eles começaram a latir para mim. De repente, me tornei invasor em meu próprio escritório. Tentei explicar para os cachorrinhos que o escritório era meu, o capacho era meu, mas foi em vão. O pior que eles estavam certos. Quando achamos algo muito bom, devemos lutar por isso. Desistimos muito fácil de coisas que nos fazem bem, só por que existem desafios. Depois de uns 20 minutos de negociações difíceis e o fim do diálogo, eu peguei a vassoura achando que intimidar seria solução. Mas os dois ficaram ainda mais indignados comigo e comecei achar que iria ter que ligar para alguém e pedir socorro.  Numa última tentativa (não tente fazer isso em casa rs),  abri a porta, com a vassoura em punho, comecei a gritar como um maluco e diante daquela ação desesperada, os dois indivíduos desceram as escadas e foram procurar outro local de repouso. Afinal de contas o capacho era meu, o escritório era meu e eu defendi o que era meu. Aprendi com os cachorrinhos: eu preciso defender o que me faz bem, o que é bom pra mim, nunca abrir mão sem lutar.

Pr. Paulo Roberto Gonçalves

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